CONVITE

Convite

Venha, adentre a palavra, abra seu templo, sinta seu perfume, deguste esse sabor de aventura, novidade com cheiro de passado passado, longínquo.

Venha! Aqui você vai encontrar uma menina de nariz arrebitado que salta e vibra na fuga de páginas amareladas e nunca deixa de ser a criança que passeia entre as bananeiras do Sítio e as ruas sinuosas do emaranhado de redes futurísticas.

Venha, encontre seu Mosqueteiro que, em busca da verdade transversa no Olho Torto de Alexandre, põe Ulisses em movimento, em seu cavalo de troia, para vencer a guerra da ignorância e desumanização de Vidas Secas miseráveis, tão humanizadas pela existência de Baleia e reflexões “você é um bicho, Fabiano”.

Venha! No meio do asfalto nasceu uma flor, que já foi bomba e foi pedra no meio do caminho, foi navio, foi nave e agora é rede.

Venha deixe as camurrices Machadianas, saia da Ilha Desconhecida, para navegar em Mares Nunca Dantes Navegados e, a cada embarque, uma nova viagem.

Venha sentir a vibração de nossa Língua na língua de Pessoa, Caetaneando na concretude de Gil, na sinuosidade dos grafites, poetizando essa vida brasileira em prosas e versos que se soltam das prateleiras bibliotecatizadas de cupins, traças, trecos e troços, extrapolam e viram passarinho na cabeça de um criativo que sangra em verso e prosa e recebe em si a liberdade de azuis.

Este é o seu lugar, secularmente seu, na essência e superfície. Tome seu assento que o voo vai começar. E você é o meu convidado para essa nossa pulsante aventura; ler: céu, mar, ar, pétala, lua, garça, pedra, história, gente. Ontem, hoje amanhã. Ler, papel, som, imagem. Ler ser.

Professora Matilde

quarta-feira, 8 de junho de 2011

A TERRA DOS MENINOS PELADOS



Vale a pena ler


Esta é a história de um livro bem igual que trata dos diferentes. É a Terra dos Meninos Pelados, de Graciliano Ramos, autor consagrado pela sua genialidade.
Era uma vez um menino diferente, tinha um olho azul e outro preto e não tinha um fio de cabelo sequer em sua cabeça. Então, já dá para imaginar o sofrimento que era viver nesse mundo de iguais, sendo tão diferente. Eram zombarias o tempo todo, por isso o menino fechava olho preto e ia parar em Tatipirum, um país idealizado por ele, lugar em que as pessoas eram iguais a ele, sem cabelos e de olhos preto, de um lado, e azul, de outro.
Este livro faz o leitor refletir sobre o que é ser diferente na atual sociedade, em que ninguém é igual, cada um busca ser diferente e único, mas ao mesmo tempo ser igual e aceito. Pertencer, essa é a palavra, estar com alguém, fazer parte de um grupo.
Menino Pelado, não é só quem, de alguma forma, apresenta algo de diferente, mas sim quem foge do padrão estabelecido pela sociedade: o baixinho, o altão, o magrelo, o gorducho, o inteligente, o que erra muito, o que aceita tudo, o que se rebela. Todos são alvos de zombarias, críticas, porque são diferentes, fogem do padrão, entretanto todos têm a necessidade de pertencer, de serem aceitos.
Autoria: Professora: Matilde Nantes Coelho – 08.06.2011

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