CONVITE

Convite

Venha, adentre a palavra, abra seu templo, sinta seu perfume, deguste esse sabor de aventura, novidade com cheiro de passado passado, longínquo.

Venha! Aqui você vai encontrar uma menina de nariz arrebitado que salta e vibra na fuga de páginas amareladas e nunca deixa de ser a criança que passeia entre as bananeiras do Sítio e as ruas sinuosas do emaranhado de redes futurísticas.

Venha, encontre seu Mosqueteiro que, em busca da verdade transversa no Olho Torto de Alexandre, põe Ulisses em movimento, em seu cavalo de troia, para vencer a guerra da ignorância e desumanização de Vidas Secas miseráveis, tão humanizadas pela existência de Baleia e reflexões “você é um bicho, Fabiano”.

Venha! No meio do asfalto nasceu uma flor, que já foi bomba e foi pedra no meio do caminho, foi navio, foi nave e agora é rede.

Venha deixe as camurrices Machadianas, saia da Ilha Desconhecida, para navegar em Mares Nunca Dantes Navegados e, a cada embarque, uma nova viagem.

Venha sentir a vibração de nossa Língua na língua de Pessoa, Caetaneando na concretude de Gil, na sinuosidade dos grafites, poetizando essa vida brasileira em prosas e versos que se soltam das prateleiras bibliotecatizadas de cupins, traças, trecos e troços, extrapolam e viram passarinho na cabeça de um criativo que sangra em verso e prosa e recebe em si a liberdade de azuis.

Este é o seu lugar, secularmente seu, na essência e superfície. Tome seu assento que o voo vai começar. E você é o meu convidado para essa nossa pulsante aventura; ler: céu, mar, ar, pétala, lua, garça, pedra, história, gente. Ontem, hoje amanhã. Ler, papel, som, imagem. Ler ser.

Professora Matilde

quinta-feira, 9 de junho de 2011

O HOMEM QUE BOTOU UM OVO



























Daniela Chindler diz que, quando escreveu este livro, estava grávida e sentia uma vontade enorme de comer ovo. Daí, não sabe "se o livro inspirava a barriga, ou se a barriga tinha ideias que inspiravam o livro." Isto tem tudo a ver com o plano metafórico da narrativa: ovo, gestação, criação, invenção.

Aqui, a autora recria o conto folcórico O homem que botou um ovo , narrando-o numa deliciosa prosa rimada, tão gostosa e própria para os contadores.


É a história de seu Tenório, um homem muito discreto, sério, boa gente, apaixonado por sua esposa que, de tanto fofocar, frutricar, tagarelar e mexericar, passou a ser a dona Mixirica.


Seu Tenório, de tanto indignado com aquela horrorosa mania da esposa, resolveu dar-lhe uma lição. Inventou uma fabulosa, fabulista história e ela caiu direitinho.


Fofoqueira que era, já se imagina o rolo de café com bolo que esta história vai dar, né?


Você já sabe: quem conta um conto aumenta um ponto; e assim foi...


Leia e descubra como como termina essa engenhosa invenção de seu Tenório, para dar uma grande lição em sua esposa, a maior fofoqueira daquela região.


Autora: Daniela Chindler


Ilustração: Lula


Edições Paulinas _ 3ª Edição, 2000


Professora Matilde

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