Sabe aquela história do feitiço que se vira contra o feiticeiro. É isso que acontece nesse delicioso conto de Oscar Wilde.
Conta as história de um diplomata americano, o senhor Otis, que chega a aristocrata Inglaterra, em 1890 e decide comprar o Castelo de Canterville, mesmo sendo advertido pelos moradores de Ascott e até mesmo por Lord Canterville, seu atual dono, de que era assombrado por fantasmas.
Porém, o diplomata não acredita em fantasmas e sua mulher diz que isso dará uma certa originalidade aos jantares que organiza. Os gêmeos se divertem em pregar peças ao fantasma residente que deixa de assustar para passar a ser assustado.
Essa é a historinha, mas como pano de fundo, aparece a crítica bem-humorada e sarcástica tanto ao comercialismo e à falta de cultura dos americanos, quanto à arrogância e à decadência dos ingleses, corporificadas num fantasma que não assombra mais ninguém, cujas marcas são apagadas pelos produtos símbolos do “American way of life”.
Será que não se fazem mais fantasmas como antigamente? Leia O Fantasma de Canterville, de Oscar Wilde, e descubra que, às vezes, o feitiço pode se virar contra o feiticeiro, ou melhor, contra o fantasma.
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